Aterrei
na Ilha do Sal perto das 23:00 de dia 27 de Dezembro de 2014, saímos de Lisboa com um clima frio, seco e gélido e aterramos quase que numa sauna, recordo agora
o aterrar no aeroporto Amílcar Cabral, sair do avião e percorrer a pé um
pequeno percurso até entrar dentro das instalações do aeroporto e ver turistas
e nativos com roupa de verão (calções, chinelos, t-shirt) impensável para mim
viajar assim de Lisboa, mas bem, aos poucos e timidamente lá fui tirando umas peças
de roupa, já que viajei com um casaco de lã e cachecol. É certo que antes
de viajar fiz uma ligeira pesquisa sobre o país e clima que me esperava, mas
pelo sim pelo não optei por levar mais roupa aconchegante, hoje a agora penso
que foi uma estupidez, muita nem chegou a sair da mala.
Pois
bem, falando em Cabo Verde, apesar de ir em trabalho deu para aproveitar e
desfrutar bastante do que esta ilha tem para oferecer. Historicamente a Ilha do
Sal foi descoberta pelo navegador Português Diogo Afonso e pelo Genovês Antonio
di Noli em 1460, inicialmente chamada de Llana, e mais tarde Sal devido ao
recurso natural da Ilha, o Sal. A primeira zona a ser explorada foi Pedra Lume,
uma salina localizada na cratera de um extinto vulcão. Devido à exploração
intensiva das salinas foram atraídas pessoas de outras ilhas em busca de
trabalho povoando assim a ilha. Nos dias de hoje continua a ser extraído o sal
mas apenas para consumo local, tendo os turistas oportunidade de visitá-la e
contemplá-la no seu máximo esplendor, banhando-se nas suas águas e contemplando
a vista quer do seu cume quer do seu interior.
Das
10 Ilhas que formam o arquipélago de Cabo Verde (9 povoadas), Sal é uma das
menos povoadas mas mais turística, a ilha apresenta uma paisagem quase sem
vegetação, em certos pontos da ilha faz-nos lembrar mesmo o deserto do Saara
(ah sem esquecer que existe muito frequentemente tempestades de areia vindas do
Saara), clima ameno todo o ano, apenas dois meses de inverno, se bem que o
inverno não é rigoroso, apesar de rodeada por água, este bem torna-se escasso e
precioso.
De
outras ilhas e continentes atracam diariamente barcos com alimentos, visto que
na ilha pouco ou nada se produz.
O
que ressalta na ilha do Sal é o seu mar de cor turquesa, águas límpidas ideais
para a prática de desportos, como por exemplo o mergulho que é bastante
praticado na ilha. A pesca continua a ser a principal fonte de sustento de
muitas famílias.
O
seu povo é simpático e hospitaleiro, abordam os turistas nas ruas pedindo-lhes
que visitem o seu espaço comercial, barracas improvisadas na rua ou pequenas
divisões de suas casas transformadas em lojas de merchandising, é quase
impossível não resistir, peças artesanais em pau preto, quadros pintados à mão e
com recurso à areia, colares, pulseiras “No Stress” lema de Cabo Verde, é
impossível não comprar nada. De salientar também a facilidade de comunicação, tendo
em conta o mercado receptor os cabo-verdianos falam e tem apetência para
bastantes idiomas.
Quanto ás compras, a moeda local é o escudo cabo-verdiano mas o Euro é aceite em quase todo o lado.
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